sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dicas de manutenção de bike!


Sua Magrela merece ser cuidada com carinho!

Você já teve a curiosidade de visitar o bicicletário de algum prédio? Posso garantir, a visão é muito triste, pois vai se deparar com um grande número de bicicletas completamente abandonadas, empoeiradas, enferrujadas, com maus tratos.
As que estão em melhor estado, pelo menos visualmente, vê-se que as correntes precisam de limpeza, os cabos estão desgastados e por ai vai.
Sempre me pergunto, quem seriam  os donos destas bicicletas? Porque investiram em um bem tão útil a mobilidade urbana e a saúde e, nem sequer lembram-se que o possuem? Há quanto tempo estas bicicletas estão sem uso e sem manutenção?
Para estes donos de bicicletas abandonadas minha sugestão é que revisitem aquela sensação de alegria e satisfação quando compraram a magrela e retomem o desejo de utilizá-la. Dêem nova vida a bicicleta e percebam os benefícios que terão ao colocá-la em uso freqüente.
Para aqueles que já se utilizam da bicicleta com freqüência reuni algumas dicas de como cuidar bem da sua companheira.
Em primeiro lugar será útil conhecer as partes que compõem uma bicicleta. O exemplo abaixo trata-se de uma bicicleta de mountain biking, full suspension (com suspensão traseira e dianteira), é dotada de um número maior de peças móveis, mas as partes ilustradas são, de maneira geral, integrantes de qualquer bicicleta.
1. Passadores e Manetes de Freio     2. Guidão   3. Mesa / Avanço   4. Quadro
5. Canote    6. Selim   7. Suspensão Dianteira   8. Suspensão Traseira
9. Câmbio Traseiro    10. Câmbio Dianteiro   11. Eixos   12. Catraca / Roda Livre
13. Eixo Central   14. Pedivela   15. Pneu   16. Aro   17. Raios
Veja a seguir o que dizem os especialistas do mercado a respeito da manutenção da bicicleta.
Conversei com Rafael Calhau , responsável pelo departamento de garantias e assistência técnica da Scott Brasil e também com Autieri Soares, mecânico chefe da loja Bike Town, na cidade de São Paulo.
Veja a seguir o resultado da conversa com estes especialistas.
Para termos segurança em uma trilha, em um passeio, por mais simples e curto que seja precisamos ter confiança em nosso equipamento, saber que todas as peças e conjuntos mecânicos estão em perfeito estado, para isso precisamos fazer uma manutenção rotineira em nossa bicicleta. Podemos dividir a manutenção da bike em três partes: limpeza, ajuste e lubrificação.
Limpeza: Deveremos lavar a bicicleta toda com água e sabão neutro, mas tomando cuidado para não usar jatos d’água próximos aos eixos (central e das rodas), pois pode penetrar água e acabar por estragar sua lubrificação interna. Nestes pontos devemos usar uma escovinha ou um pincel para retirar os resíduos. É na limpeza também que podemos detectar problemas como rachaduras e amassados.
Complemento de Rafael Calhau: É exatamente isso. Durante a lavagem, temos a oportunidade de observar problemas, quebras, trincas e até acompanhar o desgaste natural das peças. A lavagem com água (mangueira de alta pressão) só é recomendada se a bike estiver coberta de lama e deverá ser desmontada e re-montada completamente em seguida. A lavagem a seco ou com pano úmido é o mais indicado. Para desengraxar as partes de engrenagens e corrente deve-se utilizar um desengraxante para bicicletas (alternativa mais barata é querosene de supermercado) com um pincel e depois lavar com água corrente. Detergente de louças é um ótimo produto para o toque final. Nunca deixe resíduos de sabão nas partes plásticas ou emborrachadas.
Ajuste: É a parte em que devemos fazer pequenas regulagens no equipamento para um melhor funcionamento. A bicicleta com o tempo sofre um desgaste natural, que faz com que suas partes móveis cedam e passem a não funcionar direito, tais como: freios, câmbios e suspensão. Freios e câmbios são acionados por cabos (tirando os freios hidráulicos), logo eles acabam cedendo e ficando frouxos, devendo assim ser reapertados e regulados no ponto certo, no caso dos freios ainda há o desgaste das sapatas.
Complemento de Rafael Calhau: Para regulagem de câmbios deve-se observar o estado de conservação dos cabos e conduítes primeiro. Não faz sentido regular um cambio onde os cabos estão “além” da vida. Outro fator é olhar o alinhamento dos câmbios. Para o cambio traseiro, a gancheira deve estar alinhada em relação ao cassete e para o cambio dianteiro, deve estar alinhado com a coroa grande do pé de vela. Também deve-se observar os parafusos que regulam os limites que os câmbios alcançam (aqueles parafusos pequenos). A indicação dos fabricantes diz “H”para high gears e” L” para low gears. Esses limites não devem ultrapassar o alinhamento com as coroas e engrenagens. Mais um fator  importante é a integridade dos passadores de marchas que se não estiverem 100% irão comprometer a qualidade das trocas de marcha.
Lubrificação: A lubrificação deve ser feita na transmissão (câmbios, passadores, corrente, catraca e pedivela), nos freios (manetes e eixos) e nos movimentos por esferas (eixos das rodas, eixo central e caixa de direção), sendo que, este último, necessário um pouco de experiência para desmontar e remontar suas peças. Na transmissão e nos freios deve ser utilizado um óleo fino (baixa viscosidade) como os da Shimano ou da Finish Line, podendo ser usado também óleo de máquina de costura (Singer). Já nos movimentos por esfera deve ser aplicado graxa do tipo MC2.
Complemento de Rafael Calhau: A lubrificação realmente ainda é um mito para a maioria das pessoas. Não é preciso ser nenhum cientista para lubrificar a bike. O que é o mais importante manter lubrificado é a corrente. Excesso de óleo também é ruim para o sistema. Aplicar uma quantidade generosa de óleo e depois, com a ajuda de um pano limpo na palma da mão esquerda, segurar a corrente. Com a mão direita, girar o pedal para trás e assim, espalhar o óleo por toda a corrente e retirar também o excesso. Para outras peças, o ideal é procurar uma loja especializada pois é preciso ferramentas adequadas. OBS IMPORTANTE: NUNCA UTILIZE ÓLEO SPRAY DELIBERADAMENTE!! É EXTREMAMENTE AGRESSIVO E SE ATINGIR DISCOS OU PASTILHAS DE FREIO PODE SER COMPROMETEDOR EXIGINDO A TROCA DAS PEÇAS.
Pneus e Câmaras-de-Ar: Devemos deixar sempre a câmara-de- ar na pressão correta, pois mesmo as melhores câmaras-de-ar não são completamente vedadas devido às microporosidades da borracha. A pressão certa varia de pneu para pneu, mas fica em torno de 35 PSI para trilha e 50 PSI para asfalto, isso evita de acontecer os chamados “snake bites” que são furos duplos causados pelo esmagamento do pneu entre um obstáculo e o aro da bicicleta. Regularmente verifique o pneu contra o aparecimento de rachaduras, desgaste, cortes e esfolados, pois se o pneu estourar durante uma descida, por exemplo, pode causar um sério acidente.
Eixos: Devem estar sempre em boas condições, pois depende dele a livre rolagem da roda e do pedivela. Devem ser lubrificados com graxa, mas para isso é preciso desmontá-los, o que deve ser feito apenas por ciclistas experientes, ou por um mecânico especializado. São fixados ao quadro por blocagens (ou saque-rápido), para facilitar a sua retirada, devendo, portanto ser colocados na mesma posição, para que a roda não fique agarrando na sapata do freio.
Aros e Raios: Os aros são importantes porque também fazem parte do sistema de freios da bicicleta. Regular freios com aros empenados é uma tarefa impossível, devendo o aro ser desempenado ou trocado, dependendo da avaria, podendo ser feito o desempeno numa loja especializada. Devemos verificar o estado do aro à procura de amassados e rachaduras, principalmente na emenda. Se começarmos a sentir uma trepidação na bicicleta, é porque os raios estão desregulados, ficando a roda “ovalizada”. Para sanar este problema devemos apertar ou soltar os “niples” que é a fixação do raio com o aro.
Complemento de Rafael Calhau: É um trabalho que deve ser feito por um profissional. Alinhar rodas, trocar raios ou aros é muito complexo. Exigi muita atenção e peças compatíveis. Um raio de 1 milímetro diferente dos demais pode causar uma roda problemática. Nipples são geralmente peças que apresentam sinais de ferrugem. Uma vez por mês é importante colocar “uma” gota de óleo de máquina em cada nipple prolongando a vida útil.
Freios: Com o uso as sapatas do freio vão se desgastando, ficando o sistema com muita folga. A solução é soltar mais os parafusos de regulagens dos manetes de freio, ou, se a folga é muito grande, soltar o parafuso da sapata e aproximá-la do aro, tornando a apertar o parafuso novamente. Tome o cuidado de deixar as sapata paralelas ao aro, se não há a possibilidade de quando for acionado o freio, a sapata pegar no pneu, provocando um rasgo e a perda do pneu.
Complemento de Rafael Calhau: Freios V-brake são fáceis de regular. Até os leigos, se olharem os freios por 15 minutos passarão a entender o mecanismo. Vale a “tentativa e erro” para estes freios. Já os freios hidráulicos requerem mais atenção e conhecimento além de materiais e óleo compatíveis. Para encurtar cabos ou sangrar, uma loja especializada deve ser consultada. Peças de reposição serão necessárias em alguns casos.
Transmissão: A transmissão deve ser limpa e lubrificada após cada trilha, devendo os detritos ser retirados com querosene e uma escovinha. Depois é só colocar um óleo de baixa viscosidade. Não use graxa pois nela grudam muita poeira e terra, e também não use óleo desengripante como o WD-40 pois evapora rapidamente, deixando a corrente seca. Lembre-se, utilize o óleo com moderação, retirando sempre os excessos.
Guidão: Peça geralmente de alumínio (material sujeito à fadiga) que sustenta parte do peso do ciclista, devendo a vir ser trocado regularmente, pois há risco de quebra. Se você faz trilha toda semana, é melhor que fazê-lo uma vez por ano. Pode ser de alumínio ou de titânio, sendo este último mais resistente.
Complemento de Rafael Calhau: Vale para os de carbono também. Hoje em dia os materiais utilizados em peças como “guidões” e “mesas ou avanços” são muito resistentes. Podem ser utilizados por mais de 2 anos mas no caso de um acidente ou queda violenta, deverá ser condenado e substituído.

Entrevista com Autieri Soares

Ciclofemini: Toda bicicleta demanda manutenção ou as bicicletas mais caras demandam mais?
Autieri: Todas demandam sim manutenção periódica. Uma bike com peças boas normalmente ”segura” a regulagem por mais tempo e por isso é até mais ”fácil” de se regular (para quem sabe), mas normalmente tem equipamentos que oferecem mais recursos ao ciclista e que por isso demandam mais cuidado (suspensão boa que necessita de manutenção preventiva/limpeza, rodas idem, etc).
Ciclofemini: A manutenção da bike tem haver com a freqüência de uso? Ou seja, se a bike ficar parada um tempo não vai precisar de manutenção?
Autieri: Os principais fatores para se identificar a freqüência ideal de ida para a revisão são freqüência de uso e principalmente o tipo de uso, quem tem um perfil de uso mais ”jipeiro” acaba sempre visitando a oficina ao menos 1 vez por mês ou a cada 2 meses  e gastando mais também em troca de peças, etc. A bike parada com peças boas normalmente não perde regulagem, mas há itens mais perecíveis na bike que acabam necessitando de troca a cada 3-5 anos ao menos só pela questão de ressecamento de borracha i.e pneus, câmaras, manoplas. Nem precisa ser o caso de uma pessoa que deixa a bike no sol, com uma bike parada por anos, de cara já será necessário trocar pneu, câmara, manopla e às vezes o conjunto de acionamento cabos e conduites.
Ciclofemini: A manutenção tem que ser feita na loja ou o próprio usuário pode fazer?
Autieri: Há uma manutenção básica que pode e deve ser feita pelo ciclista e que retarda a
Vinda à loja. Além dos cursos de manutenção básica de bikes há também no mercado vários produtos, equipamentos de insumos para manutenção da bike em casa, exemplo: suporte de manutenção (pra pendurar a bicicleta), limpador de corrente, lubrificantes, desengraxantes, ferramentas de corrente, central, caixa de direção, pedivela, cassete de uso doméstico. Algumas marcas que oferecem isso:  PRO, Finish Line,Park Tool, Topeak mas também há outras boas.
Ciclofemini: Quais são os principais cuidados que se deve ter com a bike?
Autieri: Dá pra fazer uma lista grande de dicas como: Sempre usar óleo específico para bicicleta na corrente e nunca produtos para moto ou automóveis ou  wd-40 ou mesmo óleo de cozinha e verniz.  Além disso, não se deve usar o óleo em coroas e casseet, esses necessitam de graxa e compostos diferentes.
 Ciclofemini: A manutenção é cara?
Autieri: Uma lavagem com lubrificação de corrente é um serviço cobrado em torno de 30 a 40 reais, indicado pra quem está com a bike bem regulada logo após uma revisão mais completa e voltou de um pedal com a bike bem suja. Ao passo que uma revisão geral, desmontagem completa incluindo cubos, caixa de direção e movimento central  custa ao menos 120 reais. É importante também fazer manutenções preventivas em suspensão de 40 a 160 reais, isso é recomendado por quantidade de horas de uso e conforme o que o fabricante indica. Freio a disco hidráulico de 60 a 100 reais, troca do óleo de acionamento, pastilhas e pedais de encaixe de 15 a 30 reais. Tudo isso protege o ciclista contra surpresas, uma quebra ou até pior, uma queda, e deve ser sempre programado com a freqüência de  uso e também antes de competições e viagens  longas.
Ciclofemini: Quais as suas principais dicas?
Autieri: Fazer um curso de mecânica básica, vai possibilitar a realização do self home care e também ajuda a conversar com o mecânico e entender tudo com mais clareza.

Quer mais informações ainda?

Dicas para manter a sua bike como nova: “É melhor prevenir do que remediar” – Com certeza você já ouviu essa máxima. Na coluna palavra do mecânico, veja o que os “doutores da bike” indicam para evitar uma “intervenção cirúrgica” na sua magrela. Leia mais >>>>http://www.revistabicicleta.com.br/palavrademecanico01.php
Manutenção da Corrente: A manutenção da corrente da bicicleta é um assunto delicado, pois se trata do componente que transmite a força da sua pedalada para a roda traseira. Como ocorre aplicação de força sobre a corrente, ela se desgasta fácil e pode não funcionar adequadamente. Leia mais>>>>http://www.revistabicicleta.com.br/palavrademecanico02.php
 Limpeza da corrente: Para manter sua corrente limpa, o primeiro passo é realizar a limpeza por fora, com uma escova e um pano seco. A lubrificação é necessária sempre que a corrente estiver muito seca ou muito suja, especialmente depois de andar na lama ou no barro, depois de uma chuva, ou numa estrada muito empoeirada. Leia mais>>>>http://www.revistabicicleta.com.br/palavrademecanico03.php
Cabos de aço: Os cabos de aço cumprem um papel fundamental no funcionamento da bike: a partir deles acionamos marchas e freios. Por isso, mantê-los em bom estado garante uma troca de marchas precisa e, principalmente, garante que os freios estarão lá quando você precisar! Leia mais>>>> http://www.revistabicicleta.com.br/palavrademecanico04.php
Câmaras de ar: A câmara de ar é um dos elementos da bike mais sujeitos a problemas, pois são relativamente delicadas, e qualquer objeto pontiagudo pode furá-las ou cortá-las. O conserto das câmaras não tem segredo algum e é bem simples de ser realizado, apesar de muitas pessoas terem receio de fazer. Leia mais>>>> http://www.revistabicicleta.com.br/palavrademecanico05.php
Regulagem do câmbio traseiro: câmbio traseiro é um dos componentes da bike que mais trabalha e, por isso, um dos mais sujeitos à perda de regulagem da indexação, principalmente devido ao natural esticamento dos cabos e à compressão dos conduítes. Indexação significa que cada click no trocador corresponde a mudança de uma marcha. Leia mais>>>>http://www.revistabicicleta.com.br/palavrademecanico06.php

Agora mãos à obra!  Pegue sua magrela e dê aquele trato, afinal ela merece, pois quando bem cuidada ela o levará a qualquer lugar.

Fonte:
Revista Bicicleta: www.revistabicicleta.com.br
Trilhas e Aventuras: www.trilhaseaventuras.com.br
Rafael Calhau , responsável pelo departamento de garantias e assistência técnica da Scott Brasil
Autieri Soares, mecânico chefe da loja Bike Town, na cidade de São Paulo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Pedale redondo

Republicação do site: http://www.bikejam.com.br

PEDALE REDONDO

Reunimos algumas informações para ajudar a deixar a pedalada mais perfeita possível.

PARA COMEÇAR, CHECK LIST - ítens básicos que não podem faltar na hora de pedalar em um passeio ou competição 


 - Bicicleta
Lembre-se de Calibrar Pneus, se possível momentos antes de sair de casa – especialmente os modelos Speed podem perder a tão preciosa pressão em poucas horas
            Velocímetro, para marcar seu rítimo e se localizar no percurso
            GPS ou Roll Book para provas ou passeios com navegação
            Bolsa Selim para carregar os acessórios básicos
Farol no caso de pedaladas noturnas ou que tenham o “menor” risco de se estender até a noite
            Câmera reserva
            Remendo para Câmera
            Ferramentas básicas
            Bomba de Ar
            Óleo
            Fita Adesiva

- Ciclista
Capacete, Luvas e Óculos são acessórios de segurança essenciais para toda pedalada, por mais simples que seja
            Protetor Solar
            Caramanholas ou Mochilas de Hidratação abastecidas com Água ou Isotônico
Alimentos para durante e após a pedalada (Banana / Bisnaguinhas com geléia / Barras cereais / Gel de Carboidratos)
            Camisa, Bermuda, Meias e Sapatilha ou Tênis adequados
           

- Documentação
            Comprovantes Inscrição
            Endereço da Prova ou Passeio / Mapas
            Placa com Número de identificação
            Documentos Pessoais
            Carteira de Assistência Médica
           
- Outros
            1kg Alimento, muitos eventos pedem esta contribuição
Maquina Fotográfica ou Filmadora, o que não vai faltar são oportunidades para belas imagens, não importa onde será o pedal




 
A seguir, algumas dicas para ajudar quem não pedala há muito tempo a se lembrar como fazia quando era criança ou aqueles que querem conhecer detalhes que podem melhorar sua performance.

Ao andar de bicicleta, mesmo que em uma simples volta pelo parque, é sempre bom ficar atento, saber como reagir em diferentes situações para garantir um passeio mais suave, manter o equilíbrio e evitar quedas.

Para a grande maioria das pessoas pedalar significa empurrar o pedal para baixo, como mostra a figura 1. Isto funciona, mas está longe de ser a forma mais eficiente. O correto é fazer o movimento mais circular possível com os pés, como na figura 2, assim as duas pernas trabalham juntas e promovem uma pedalada bem mais eficiente.
 
                      
Daí que vem a idéia do “Pedale Redondo”, não faz sentido?
 fpe
Porém para conseguir isso é necessário usar o “firmapé” (foto esquerda) ou um pedal com clipe (abaixo), tecnicamente bem mais eficaz do que o firmapé, também bem mais caro, além de exigir uma “sapatilhaclip” especial para seu uso.




IMPORTANTE: para pegar prática no uso do Firrmapé ou Pedal com Clipe ande por um tempo em um local seguro, como um parque ou rua sem trânsito. A hora de parar é o momento mais complicado, pois sem o treino tendemos a puxar os pés para cima na hora de tirá-los do pedal e colocá-los no chão mas, obviamente, não irão sair – o que pode provocar a queda do ciclista. Com um pouco de treino o reflexo de tirar os pés do pedal da forma correta (para trás, no caso do Firmapé, e para o lado, no pedal de Clipe) é criado sem problemas.

Pedalar sentado é a melhor forma de suportar longos percursos. Ao ficarmos em pé conseguimos mais força, porém o desgaste físico é muito grande. Pode ser interessante para vencer subidas curtas, em sprints ou mesmo para “relaxar” os músculos quando se pedala sentado por um percurso mais longo – de tempos em tempos levantar e pedalar um pouco em pé é uma boa forma de descansar.

A forma correta de sentar no selim está representada pela figura ao lado. Os ossos da bacia devem ser apoiados.
Nas subidas mais íngremes mantenha-se sentado e busque com o tronco, movimentando-o para frente e para trás, o ponto de equilíbrio ideal para que a bicicleta não empine (corpo muito para trás) mas também não perca a tração na roda traseira (corpo muito para frente).
Em descidas fortes projete o quadril para trás buscando esticar os braços na horizontal e encostar o peito no selim – isso dá muito mais estabilidade e impede que a bicicleta capote de frente.

As mãos devem segurar firme nas manoplas, e os punhos devem estar retos e deixar as mãos alinhadas com os braços. Assim podemos suportar eventuais trancos do solo com menos riscos de lesões. É importante que as alavancas de freio estejam alinhadas com os braços para promover uma rápida e firme pegada sempre que necessário.

Frear também requer alguns cuidados. O freio dianteiro é o que possui grande poder de parada, porém em descidas pode provocar uma capotagem. Para que isso não aconteça projete o quadril para trás buscando esticar os braços na horizontal (assim como nas fortes descidas). Lombadas, pedras, buracos e frear nas curvas com a roda frontal pode ser perigoso também, procure sempre utilizar o freio antes ou depois destes obstáculos e deixe a roda livre ao passar sobre eles.
O freio traseiro tem muito mais a função de controlar a velocidade da bicicleta em uma descida por exemplo, mas também deve ser utilizado como auxiliar do frontal nos momentos de parada.

Caminhos molhados pedem cuidado redobrado. Além de deixar o chão escorregadio, as poças de água podem esconder buracos. As faixas de sinalização das ruas ficam ainda mais escorregadias e devem se evitadas nos dias chuvosos.
Além dos escorregões, um chão molhado provoca respingos que podem atingir os olhos. Neste caso pára-lamas e óculos ajudam bastante.

Trechos com pedrisco ou areia também devem ser evitados, podem provocar uma derrapagem. No chão de areia ou terra fofa coloque as marchas em uma combinação leve, não pare de pedalar, e mantenha o guidão sempre reto segurando firmemente com as mãos – curvas irão atolar a bicicleta.

Procure variar levemente a posição das mãos ao longo da pedalada. Isso facilita a circulação do sangue na região. Também variar de tempo em tempo a postura geral é importante pelo mesmo motivo.

As marchas ajudam muito, equilibram a força que precisamos aplicar nos pedais em subidas, deixando as bicicletas mais leves, ou mais rápidas nos locais planos ou descidas onde buscamos uma velocidade maior. A correta forma de trocar a marcha prolonga o tempo de vida de seu equipamento, evite trocas em subidas, momento onde a corrente está fazendo um grande esforço. Para isso antecipe-se, ache a marcha ideal antes da subida começar.

Combinar as engrenagens da coroa (frente) com a catraca (atrás) da forma que apresentamos a seguir evita torções na corrente e consequentemente seu desgaste precoce:
 

Além de preservar a magrela, a correta utilização das marchas evita que a corrente trave ou escape das engrenagens, o que também pode provocar o desequilíbrio/queda do ciclista.

Para finalizar, equipamentos. A segurança é prioridade. Capacete, luva e óculos são essenciais em qualquer pedalada. Protetor solar durante o dia. Luzes à noite. Água, comida, câmeras reservas e bomba de ar nos trajetos mais longos. Câmera fotográfica para as ocasiões especiais.

 E VAMOS PEDALAR!

















 
 PARCEIROS

   bjam     SOCO    RVS       

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Construindo com segurança

Freeriding and Risk Management: 15 Steps to Success


British Columbia's South Island Mountain Bike Society built this sweet trail
British Columbia's South Island Mountain Bike Society built this sweet trail feature on the South Ridge Trail in partnership with local land managers.

A skills park in Port Moody, British Columbia
A skills park in Port Moody, British Columbia.

The freeriding park in Keystone, Colorado
The freeriding park in Keystone, Colorado.

Club Mud's expert riding area in Quiet Waters Park, Florida
Club Mud's expert riding area in Quiet Waters Park, Florida.

At least one sign should describe safety guidelines, helmet rules, risk warnings,
At least one sign should describe safety guidelines, helmet rules, risk warnings, a "Use at Your Own Risk" message, responsible riding tips, emergency contact information and more.

There should always be an easier, alternate route around a technical feature
There should always be an easier, alternate route around a technical feature.

A fall zone provides a clear landing for a rider who has failed to negotiate the obstacle
(Fall Zone) A fall zone provides a clear landing for a rider who has failed to negotiate the obstacle.
The freeride movement went through an awkward adolescence in the 1990s. Early movies and magazine stories gave many people the impression that "freeriding" was synonymous with riding off-trail and mountain biking in a reckless fashion. As a result, some land managers cling to the notion that technically challenging trails are fundamentally unsafe. They oppose freeriding out of a fear of potential injuries and lawsuits. The good news is that mountain bikers can responsibly create and ride challenging trails without sparking liability concerns or provoking lawsuits. In this article we present 15 steps to managing freeriding risk.
1. Be Aware of Possible Social Issues
There are many social and emotional issues surrounding freeriding. Technical riding areas, both natural and constructed, have been opposed by a variety of groups, including land managers, environmentalists, neighbors, other trail users, and even other mountain bikers. If you're planning to develop new freeriding opportunities, you should be aware of some of the social issues that may come into play. These issues can be effectively addressed through open communication and understanding.
2. Build Partnerships and Communicate
Successful trail projects require close collaboration among freeriders, land managers and local mountain bike clubs. By consulting with freeriders and incorporating their suggestions into trail management decisions, planners can develop trail systems that have broader appeal. This effort will also reduce unauthorized trail construction. Judgemental attitudes and negative stereotypes from either side can undermine successful partnerships.
3. Determine Shared Use or Single Use
IMBA supports shared-use and single-use trails. A purpose-built freeride trail will usually be more successful if it is single use. Frequent technical trail features are unsuitable for horse use and may not provide an enjoyable experience for hikers. Adding technical trail features to a crowded trail shared by joggers, dog walkers and inexperienced trail users is rarely a good idea. However, shared-use trails that offer technical challenge are feasible in the right situation.
4. Understand Local Liability Laws
One of the first things people want to know is, "Will I be held liable if someone gets hurt while riding a trail on my property?" Most states have laws, called Recreational Use Statutes, which protect land managers and private property owners from being held liable in the event that someone is injured while recreating on their property.
Recreational Use Statutes vary from place to place, so we recommend that you research the laws governing your own area. IMBA partnered with American Whitewater to list info on liability laws, and analyses of each U.S. state's Recreational Use Statute.
One critical point to remember about most Recreational Use Statutes:
Private landowners are rarely at risk of being held liable for injuries incurred on their property, unless they charge the public a fee to access their land, or if it can be proven that the injury was a clear result of their gross negligence.
It's important to note that while Recreational Use Statutes often prevent landowners from ultimately being held liable, they do not prevent lawsuits from being filed in the first place. It takes time and money to mount a defense against a lawsuit, regardless of the outcome. Therefore, the goal is to practice diligent risk management techniques that will prevent lawsuits from being filed.
5. Understand Related Case Law
Case law is how the courts have ruled in the past. These previous judgments can help demonstrate that, generally speaking, courts have upheld limiting land owner liability related to trail use.
Records show that few lawsuits have been filed related to mountain biking accidents caused by trail conditions. Of the suits filed, hardly any were decided against the land owner.
If local government officials are wary of lawsuits, you could research and include specific case law in your trail proposal. Consider enlisting a local attorney/mountain biker to help research case law and overcome liability concerns.
6. Provide for Skills Progression
It's important to introduce freeriding challenges to users sequentially so they can enhance their skills in a managed environment. Construct a practice area with a wide variety of challenge, from easy to difficult. The most challenging features should mirror the most difficult obstacles users can expect to encounter on the trail system. Another great idea is to offer regularly scheduled skills clinics. In addition to teaching riding techniques, include tips on responsible trail use.
7. Place Technical Features Appropriately
There are two suitable locations for technical trail features: one, a challenge park; two, a trail. The placement of a technical feature on a trail is determined by a number of factors. Is the trail shared use or single use? What are the skill levels of trail users? (When assessing trail user abilities, don't forget to consider the varying skill levels of all visitors - not only mountain bikers.)
On beginner to intermediate-level routes, always locate your technical trail feature to the side of the main trail - as an optional path for advanced riders consciously seeking a more challenging line. On the other hand, if the trail is clearly designated for advanced users, the reverse is true: locate the technical feature on the main trail and provide an easier option to the side of it.
8. Develop an Effective Signage System
It is important to develop a comprehensive signage system for your trail network. Signs should be placed at the main trailhead, trail intersections and at other key locations. The main trailhead kiosk should describe trail difficulty using a trail rating system. Pay particular attention to signs at the intersections of trails with differing difficulty levels. Also, it's important to sign before very challenging technical trail features, like big drop offs, narrow bridges or other elements of increased risk. When placing signs, consider where you are. Trails with high use should be well signed. Conversely, a technical trail deep in the backcountry should have far fewer signs. Signs can be an intrusion on a visitors outdoor experience - use them with care.
9. Utilize Trail Filters
A trail filter, sometimes referred to as a gateway or qualifier, is a high-skill-level, low-consequence obstacle that demonstrates the difficulty of the upcoming trail or trail feature. Examples of a filter are a narrow, handlebar width opening between two trees, a rock garden or a rock step. Place filters at the beginning of each advanced trail and just before technical features. By making the entrances to technical trails and features difficult, you prevent unprepared riders from overstepping their abilities.
10. Provide Optional Lines
There should always be an easier, alternate route around a technical feature. On advanced trails, the technical trail feature can be located on the main line, with an easier option to the side. On intermediate or beginner routes, technical trail features should be outside the main trail flow, and potentially even disguised from the main trail. Optional lines could potentially be in the same corridor as the main trail: For example, a drop-off could vary in height from one side of the trail to the other.
11. Provide Adequate Fall Zones
A fall zone is the area adjacent to a technical trail feature that provides a clear landing for a rider who has failed to negotiate the obstacle. Fall zones are located at the bottom of descents, on the outside of corners, and on the side of the trail and obstacles. Consider removing branches, stumps, logs, rocks and other protruding objects that could cause injury. Another option is to add mulch or dirt to further soften a fall zone.
12. Follow Construction Guidelines
Both natural and man-made additions to trails must be durable, predictable and designed to minimize injuries when trail users fail to negotiate them properly. Consider IMBA's detailed construction advice in the freeriding section of the IMBA website.
13. Develop an Inspection and Maintenance Log
All trails require consistent inspection and maintenance. Technical trail features should be inspected for durability, predictability and safety. Consistent maintenance logs should be kept to ensure trails and features are being kept up to standard. Different trails require different levels of maintenance, depending on a variety of factors, including climate, volume of use and the number and type of trail features. Wooden structures, like bridges and teeter totters require routine upkeep. You must be committed to their inspection and maintenance.
14. Designate a Risk Management Coordinator
Recruit an individual who will be responsible for making sure recommended risk management techniques are properly implemented and documented. This person will consolidate all of your safety measures and should work with the land owner to create an emergency management plan. Assign responsibility to an individual who is known for their conscientious behavior and attention to detail - and be sure they are willing to perform the job. Remember that the Risk Management Coordinator shouldn't be saddled with executing the plan by themselves. Rather, they should serve as a point-person for a group of volunteers.
15. The Final Step: Be Prepared to Give Answers
When seeking to create freeriding opportunities, a written trail proposal may be necessary. When freeride and technical trails are proposed, it can be important to address the risk management concerns listed above. Consult with your land manager to determine what steps need to be taken, and what level of detail is required in a proposal.

BRIGHT IDEA

Work with Land Managers to Create Special-Use Challenge Parks
Technical trail features are becoming increasingly popular with mountain bikers. Many land managers are open to the idea of having special use zones or playgrounds for these types of stunts, similar to skateboard or snowboard parks. Work with your local land manager to create these

Rampas para freeride.

18 Passos para construir um Parque de Freeride com Saltos de Terra
 
A evolução da bicicleta de montanha, levou-nos para além do desenvolvimento das técnicas e manobras de bicicleta ao surgimento de saltos de terra e parques de bicicletas. Aqui encontram-se 18 novas ideias para te ajudar a desenhar e construir um Parque de Bicicletas que seja divertido, duradouro e seguro.
 
O ponto fulcral está em construir não só um parque com saltos de terra mas também uma área de Freeride, onde possa existir uma combinação entre os saltos de terra e obstáculos de freeride proporcionando um desafio a todos os utilizadores, concentrando assim os utilizadores de bicicletas.

Se o volume de informação que se segue te parece aliciante, não te esqueças que construir um parque de bicicletas é uma carga de trabalhos, tens que planear tudo muito bem de raiz, caso contrário passarás o tempo todo a fazer correcções e manutenção, constrói correctamente e andarás lá sempre.

1. Solicita autorização e faz um protocolo com a entidade responsável pelos terrenos.

Pede sempre autorização ao proprietário do terreno, antes de iniciares a construção dos saltos e obstáculos. A maioria dos saltos construídos sem autorizaçao, são rapidamente destruídos por máquinas, e pode vir a por em risco a construção de futuros projectos. Constituir uma sociedade ou parceria com o proprietário do terreno originará uma situação estável onde todos ganharão. A melhor forma de obter um parque de bicicletas é construir um projecto com a discriminação pormenorizada dos obstáculos e saltos que se pretende construir no local o mais perfeito possível. Poder ver em Trail Solutions.

2. Procura Formar uma Equipa de Construção Sólida.

Entra em contacto com todos os pilotos que tu conheças e forma um grupo de trabalho. Procura a opinião de outros e a aprovação de entidades experientes na construção de parques de bicicletas, pesquisa exemplos e formas de construção segundo o manual da IMBA, entre outras entidades cuja a experiência é notória na construção de diversos parques de bicicletas envolvendo uma série de gente onde dará prestigio e durabilidade ao projecto. Um dos melhores parques de bicicletas surgiu da união de uma série de ideias. Não te esqueças de incluir as crianças e os pilotos de BMX!


3. Escolhe um Local.

Escolher e obter um local ideal para a construção dos saltos, por vezes é o passo mais difícil. Deveremos ter em conta a sua localização, pois a permanência dos saltos dependerá no local onde serão construídos, deverá ser num local central, com ligação a outros trilhos, onde deverá ter árvores que nos oferecerá sombra e protecção solar e interesse no aproveitamento de matéria-prima, tem que ter uma boa drenagem incluindo um ponto de abastecimento de água.

4. Garante um Acesso Permanente a Água.

Para efectuares uma manutenção dos saltos é indispensável um ponto de abastecimento de água ou mesmo armazenamento.

O melhor cenário é fazer um furo subterrâneo com uma bomba de extracção de água estrategicamente localizada.

Não subestimes este elemento, pois é fundamental para a conservação dos saltos de terra, para trabalhar os saltos deverá haver água em grande quantidade e caso não aja as torna-se difícil efectuar a sua manutenção, isto leva a que as pessoas o interesse pelo local e afastam-se.

5. Desenvolve um Plano de Manutenção.

A elaboração e implementação de um delicado plano de manutenção é a melhor forma de assegurar a segurança e manutenção dos saltos. No mínimo o teu plano deve incluir uma zona de acesso a veículos de emergência, placar de informação com regras de utilização, sinalização e indicações de acesso a viaturas, caso seja possível delimitar as zonas de utilização, a descrição do plano de inspecção e manutenção deve estar bem visível de forma a verem as intervenções que se estão a efectuar.

Vai até
"Freeriding and Risk Management: 15 Steps to Success".

6. Desenvolve um Sistema de Sinalização.

É importante desenvolver um sistema de sinalização compreensível para o parque de bicicletas. Os sinais devem ser colocados á entrada de cada variante de acordo com o nível de dificuldade bem como à entrada do parque de bicicletas. A sinalização deve descrever correctamente a linha de saltos, regras elementares, avisos de risco do género “O Uso das pista está á tua responsabilidade”, contactos de emergência, etc.

Aqui está uma lista de algumas empresas de sinalização.

7. Aquisição de seguro.

A maioria dos parques de bicicletas requerem um seguro, de forma estarem precavidos de uma reclamação devido a uma queda ou mesmo de um acidente derivado de uma má construção. Á semelhança dos Skates parques já existem alguns parques de bicicletas com seguro de responsabilidade civil.

Vai até "IMBA-affiliated club insurance
".

8. Desenvolvimento de um Programa de Inspecção e Manutenção.

Saltos requerem uma manutenção contínua. Deves estar preparado para inspeccionar e manter um parque de bicicletas antes de iniciares a sua construção. Inevitavelmente, os estragos ocorrem das pessoas que andam quando os saltos se encontram ainda molhados, aterragens mal feitas, travagens, etc...

É importante desenvolver dentro dos utentes uma mentalidade que os encoraje e os leve a preservar e efectuarem pequenas intervenções que evitem a degradação mais rápida dos saltos. Limpem as ervas e mantenham sempre o parque limpo, coloquem contentores e sacos para o lixos, removendo-os com regularidade.

9. Desenha os saltos.

Desenhar um parque com um bom fluir requer competência, visão e criatividade. Assegura-te que contactas pilotos experientes. Planeia um parque seguro e previsível mas que ainda dê alguma emoção e desafio. O Parque pode incluir todos os tipos de saltos, incluindo table-tops, gaps, step-ups, step-downs. O objectivo é que os obstáculos estejam seguidos para que o piloto passe de um salto para outro imediatamente. Idealmente o piloto não tem que travar entre os saltos.

É necessário permitir muito espaço de terreno limpo e suave para os lados dos saltos para as aterragens para quando se falha uma aterragem. Incluir um corredor para que os pilotos possam voltar ao início sem passar demasiado perto dos saltos.

Quando decidires todas estas questões tens que fazer uma planta que tenha toda a propriedade com todos os obstáculos, incluindo dimensões, elevações e drenagem. O plano tem que estar aprovado antes de começar a construção.

10. Inclui saltos para todos.

É importante construir linhas de saltos que ofereçam uma grande variedade de desafios desde pequenas lombas até grandes saltos. A diversidade de linhas vai permitir aos pilotos evoluir nas suas capacidades gradualmente e vai criar um parque que é divertido para todos. Tipicamente as linhas de salto estão alinhadas lado a lado aumentando a dificuldade começando num ponto comum e indo todas na mesma direcção.

A oferta de aulas técnicas para ensinar a saltar e uso responsável dos saltos. “Saltar é tudo acerca da progressão” diz-nos o piloto profissional e construtor de saltos Jay Hoots. “Melhorar aptidões e subir para o próximo nível é que mantém todos os pilotos motivados”.

11. Mesas ou duplos?

Mesas são saltos que tem um topo plano que permite ao piloto passar por cima do salto sem ter que se elevar no ar. Duplos, que também podem ser chamados gaps, utilizam uma rampa de descolagem e outra de aterragem sem nada pelo meio.

Os pilotos têm que se lançar da descolagem para chegarem à aterragem. As mesas são essenciais para os principiantes e praticantes de nível baixo e intermédio. Porque não há um fosso para ultrapassar, as mesas são menos arriscadas que os duplos. Mas pilotos de alto nível procuram com frequência o desafio dos duplos e as mesas necessitam de muito mais terra que os duplos.

Saltos de meia mesa ou saltos de camelo, são uma mistura destes estilos. Eles não têm um topo plano mas um piloto pode passar por cima deles se desejarem. Não interessa qual o estilo que escolhas, constrói as tuas linhas de um modo consistente. Se uma linha de saltos é de mesas, então todos os saltos tem que ser de mesas. Não surpreendas os pilotos com um duplo no meio de saltos que podemos passar por cima.

12. Medidas e Geometria

A altura dos saltos para principiantes deve ser de 0,6 metros a 0,90 metros para aumentar a dificuldade adiciona 0,3 metros a 0,6 metros. O comprimento do salto de ser de 1,2 metros a 2,1 metros do topo do salto até a aterragem para os saltos de iniciados. O comprimento dos saltos deve ser proporcional à altura dos saltos e a sua inclinação para que os pilotos acertem na aterragem. Um salto com 1,5 metros de altura ou maior deve ter uma aterragem ainda mais ampla para permitir uma má aterragem em segurança.

A distância entre a aterragem de um salto e a descolagem de outro deve ter cerca de 6,5 metros a 8 metros. O ângulo de descolagem e aterragem em saltos de iniciados não precisa de ser curvo ou a atirar para cima. As linhas mais difíceis podem ter saltos a atirar para cima com rampas que elevem os pilotos com suavidade para o ar.

13. Desenvolve um plano de construção.

Chega a um acordo de como os saltos vão ser construídos e durante quanto tempo vai demorar a sua construção, quanto vai custar e quem vai fornecer o dinheiro, a terra, o equipamento e o trabalho. Ao fazer um bom planeamento vai evitar crises quando a construção estiver em curso.

14. Utiliza terra de qualidade.

O melhor solo para a superfície de saltos deve ser peneirado com um alto teor de barro. O solo peneirado é ideal porque fica compactado e é fácil de moldar. Torrões que são difíceis de quebrar indicam demasiado teor de barro. Dependendo da quantidade de chuva na tua área, as fundações dos saltos terão que ser construídas com solos mais porosos, como gravilha ou areia. A terra de melhor qualidade deve ser reservada para as descolagens e aterragens. Se usares terra do local ou terra de baixa qualidade podes ter de usar uma peneira mecânica para retirar as pedras.
 

15. Nivelar o local para a drenagem.

Visita o local durante um dia de muita chuva para saberes onde se vai escorrer e acumular a água. “A drenagem é tudo!” diz-nos Jay Hoots. “Se possível, o local deverá ter uma suave inclinação perpendicular `linha de saltos para assegurar uma drenagem correcta”.

Baixios que retenham as águas têm que ser preenchidos, especialmente se estiverem entre os saltos. Um parque de saltos bem drenado deve estar pronto a ser usado após chover e requer menos manutenção. Nunca usar saltos enlameados e coloca sinais a avisar que os saltos não devem ser usados enquanto não estiverem secos.

16. Construir e compactar os saltos (finalmente!)

A utilização de máquinas para movimentar terra e construir saltos é uma grande poupança de tempo. Quer estejas a construir com máquinas ou à mão os passos são os mesmos:
 
  1 – Forma saltos em bruto a faltar cerca de 2 palmos de terra, depois vai aplicando o resto até à forma final.
   2 – Usa um ancinho para remover as pedras e desfazer os torrões.
  3 – Molha ligeiramente a superfície, apenas o suficiente poderes trabalhar a terra sem que escorra água e forme lama.
   4 – Usa mais uma vez o ancinho para a forma final ao salto e começa a compactar o salto.
  5 – Quando o salto já não estiver peganhento usa ferramentas e passagens de bicicletas para compactar a superfície. As arestas e aterragens tem que estar suaves e consistentes, portanto leva o seu tempo a compactar cada superfície convenientemente.

17. Encoraja o envolvimento de todos.

Envolver os pilotos desde o início vai facilitar a manutenção. “ Se queres saltar tens que cavar!”. Porque os saltos demoram tanto tempo a fazer e são tão frágeis, os pilotos têm que passar a mensagem. Segundo Timo Pritzel “A chave de um bom local de saltos é um grupo unido de amigos que está motivado para construir”.
 

18. Aprende com o BMX e Skate.

Em complemento a estas dicas considera os conselhos oferecidos por organizações de BMX e Skate. Estas constroem parques desde os anos 70. A American Bicycle Association oferece bons conselhos no seu livro “BMX Track Operator Kit" e o Skaters for Public Skateparks também tem boas dicas.

Fonte original:http://www.cpfreeride.com/opt_TRILHOS_MakingOf.htm

terça-feira, 3 de abril de 2012

Excelente site para mapeamento de trajetos outdoor como trekking, mountain bike, ciclismo, escaladas, etc...
O site é www.pt.wikiloc.com

Segue abaixo o link com uma trilha que pretendo muito em breve realizar:
http://pt.wikiloc.com/wikiloc/view.do?id=2618612
Quem quiser ir me avisa pra irmos juntos!